", enable_page_level_ads: true }); Astrologia de Vênus e Mercúrio: A ASTROLOGIA E OS CHAKRAS

sábado, 7 de fevereiro de 2015

A ASTROLOGIA E OS CHAKRAS



A ASTROLOGIA E OS CHAKRAS


Vamos estabelecer uma relação entre o que se chama macrocosmo e microcosmo. Compreendam por microcosmo o ser humano e os mundos interiores que o habitam e por macrocosmo, o céu físico e o universo exterior. A partir disso poderemos estabelecer a relação do indivíduo com a astrologia.

Como temos visto, os chakras são perfeitamente conhecidos pela Tradição ocidental, pois, na verdade, estão representados na astrologia. Aliás, a astrologia também é análoga à acupuntura e à energética chinesa. Os paralelos são de uma precisão extraordinária.

O modelo básico da relação entre os chakras e a astrologia é muito simples. O conjunto de símbolos astrológicos para estabelecer essa correspondência não é, evidentemente, o dos doze signos, mas o dos sete planetas.

Utilizaremos a seguir a representação denominada “Céu Alquímico”, ou “Céu Alquímico”, que apresenta o esquema zodiacal numa forma um pouco diferente da clássica.

A forma clássica de representar o zodíaco, define como referência básica o eixo horizontal, que vai de 00 de Aries a 00 de Libra e que corresponde aos solstícios. 

Modelo Clássico do Zodíaco 

No modelo do Céu Alquímico, que adotaremos, o ponto de referência é o eixo vertical que desce de 0° de Aquário até 0° de Leão e que enfatiza a ordem dos planetas.

A astrologia leva em conta as regências ou tronos planetários, que consistem na ligação de cada signo com um determinado planeta. Aquário e Capricórnio são regidos por Saturno; Sagitário e Peixes, por Júpiter; Áries e Escorpião, por Marte; Touro e Libra, por Vênus; Gêmeos e Virgem, por Mercúrio; Câncer, pela Lua e Leão, pelo Sol.

Como se pode notar, tanto na representação clássica, quanto na alquímica, formam-se camadas energéticas bem definidas pelas atribuições planetárias de cada signo. “O que esta em cima é como o que está em baixo”, segundo a lei de inversão.
Modelo do Céu Alquímico




Na verdade, o esquema do Céu Alquímico determina uma posição de equilíbrio vertical para a representação dos planetas.

A superposição da figura humana no mapa astrológico, fazendo coincidir os chakras com os planetas correspondentes, pode ser vista no desenho da página seguinte.


Nessa figura vê-se um homem de cabeça para baixo com os centros Basal, Sacral, Umbilical, Cardíaco, Laríngeo e Frontal dispostos sobre as faixas planetárias. O que chamamos de centro Basal no sentido astrológico está ligado à Saturno, regente de Aquário e Capricórnio; o Sacral está ligado à Júpiter, regente de Sagitário e Peixes e assim por diante.

Para distinguirmos os dois signos no mesmo chakra, precisamos acrescentar outro dado astrológico clássico, ou seja, a qualificação dos signos em positivos e negativos. Os signos positivos são Aquário, Áries, Gêmeos, Leão, Balança e Sagitário e os negativos, Capricórnio, Peixes, Touro, Câncer, Virgem e Escorpião.

Se ligarmos agora os signos entre si, negativos com negativos e
positivos com positivos, teremos uma primeira sequência de Câncer a
Virgem, de Virgem a Touro, de Touro a Escorpião, de Escorpião a
Peixes, de Peixes a Capricórnio. Outra seqüência vai de Aquário a
Sagitário, de Sagitário a Áries, de Áries a Balança, de Balança a
Gêmeos, de Gêmeos a Leão. Trata-se, na verdade, da circulação da
energia no microcosmo.

No macrocosmo veremos que o Sol se desloca entre trópicos de Capricórnio e Câncer, definindo as estações. No hemisfério norte, o Sol se ergue no verão em Capricórnio e vai em direção a Câncer no inverno. E como se o Sol fizesse uma varredura, subindo e descendo pela faixa zodiacal, determinando estações energéticas ao longo dos signos. O mesmo ocorre com a Lua que, num movimento mais rápido, também subirá e descerá pelo campo zodiacal.

O mesmo movimento no macrocosmo será encontrado de forma inversa no microcosmo. Observamos essa mesma inversão quando olhamos a Árvore Sefirótica. Notem, no desenho da página seguinte, que há um movimento de descida da energia no microcosmo, que vai de Saturno à Lua.
Traduzindo esse esquema para o tema astrológico, veremos que a energia lunar desce através do campo astral representado por Câncer, ligado à cabeça, seguindo em direção a Capricórnio e Saturno.

 Esse movimento de descida da energia no corpo chama-se apana na linguagem dos chakras. O movimento ascendente da energia chama-se prana. Os signos positivos e negativos geram o dinamismo prana-apana.

Na Árvore Sefirótica subimos da Lua a Saturno, mas como a ascensão está invertida no microcosmo, “o que está em cima é como o que está em baixo”, a Lua nesse ponto é expressa pela sua contra-face, o Sol. Na ascensão, portanto, subimos em direção ao Sol, ponto de saída da energia.

 E nesse sentido que o Sol permitirá a liberação do aprisionamento zodiacal, mas trata-se do Sol do centro Frontal.

Sem entrar em detalhes, ao estabelecermos um paralelo com a energética chinesa, veremos que o signo de Capricórnio corresponde ao pulmão e que, por essa razão, as práticas respiratórias atuam no ponto mais denso da energia astral.

Isso comprova que tudo quanto foi dito corresponde, de fato, a campos invisíveis e sutis. O ponto mais denso e pesado da energia é aquele que chamamos de função atmosférica que, na verdade, representa a parte mais sutil do plano material.

 O corpo físico será construído a partir do mesmo modelo, porém num nível mais denso, para poder integrar o conjunto de campos sutis.

Notem a importância das práticas respiratórias, pois todo o campo astral nos penetra através do pulmão. A cada momento do ano e a cada posição astral somos impregnados por sopros diferentes.

 Se quiséssemos conhecer detalhes muito sutis no domínio da energia seria necessário saber o momento exato de lidar com determinado ponto. E assim que se trabalha para se obter uma operatividade esotérica.

Tanto na acupuntura, como na alquimia, não se faz uma operação a qualquer momento. A cada instante há um solve e coagula. E como se o solve captasse forças astrais de maneira muito específica, e o coagula levasse de volta à matéria, certas energias com qualidades particulares, que variam no tempo.

Inversamente, pode-se dizer que o ponto de saída da matéria se faz através dos mundos intermediários, isto é, do céu astral. O céu  astral não representa o corpo, mas os campos astrais de condicionamento.

 Na verdade, o céu astral é uma representação simbólica do corpo Sutil e não do corpo físico. Isso indica que o ponto de subida da energia, onde se dá uma passagem entre o corporal e o sutil, encontra-se no signo de Aquário.

Na energética chinesa, Aquário corresponde ao baço-pâncreas, que é o elemento central da energética chinesa. O que ascenderá ao nível do corpo Sutil, a partir da experiência material, é a consciência, enquanto quintessência da experiência terrestre.

Na Árvore da Vida a última sefirah antes do corpo físico é Yesod, que corresponde à Lua. Na inversão que ocorre na Arvore dos chakras ligada ao corporal, encontramos a Lua no alto, em correspondência com o centro Frontal, que tem função solilunar.

O cérebro visto globalmente tem um simbolismo lunar. Pode-se dizer, portanto, que a ascensão na Arvore, que sem dúvida consiste em libertar o coração do aprisionamento da serpente, inclui também libertar o cérebro do aprisionamento às formas.

 A Lua gera as formas, para que a dimensão solar não-dual possa exprimir-se.

Na escrita chinesa, o ideograma da Lua é o mesmo da carne. Nele a chave da Lua e da carne são similares. O corpo, portanto, deve ser considerado como carne e também como função psíquica.

Dito de outro modo, o corpo é a raiz do psíquico. Corpo e psique devem ser considerados como aspectos yin e yang da mesma energia. Isso permite estabelecer a última passagem relacionada ao esquema Logos, Eros, Psiquê e Soma. Liberar o psiquismo neste sentido é também liberar o corpo de sua prisão corporal.

Notem como universalmente são trabalhados os mesmos simbolismos em diferentes níveis. Ao mesmo tempo que o corpo é liberado de sua prisão corporal, ocorre a libertação do coração das forças de condicionamento, e o cérebro, de seu apego às formas.

Vejamos agora um outro desenho do homem numa postura mais representativa. Na ilustração da página seguinte, podemos notar que recebemos a energia lunar através da cabeça. Como mencionei antes, a Lua é a chave da carne, do sistema nervoso e está ligada à energia descendente, enquanto o Sol está ligado à energia ascendente.

Observem por que o chakra também é chamado de roda. Quando colocamos as setas e isolamos cada nível, energeticamente, eles funcionam como rodas. Há, na verdade, cinco rodas, pois o  chakra Frontal unificará as energias e, a partir desse nível, não é mais possível falar de rodas.

Cada chakra compreende uma corrente positiva e outra negativa, campos energéticos que precisam ser equilibrados. Isso subentende que o verdadeiro trabalho, no sentido espiritual do termo, é sempre o de integração e de equilíbrio.

 Não se trata, por exemplo, de rejeitar a paixão como algo negativo, pois somos condicionados tanto pela paixão como pela visão negativa da paixão. Apenas é necessário integrar os dois movimentos. O que deve ser encontrado é a posição de equilíbrio ou de paz que integra tanto um elemento como seu contrário.

É preciso ousar viver as paixões. Não se deve viver numa ascese estéril, pois, no dia em que não mais estivermos na consumação da paixão, posto que cedo ou tarde todas as coisas são suprimidas, sentiremos falta do que vivemos antes no positivo.

 Nesse momento é importante ousar encontrar o outro lado em vez de fugir. E tão importante viver o desejo, como a sua falta. A tendência dominante das pessoas é a de ficar na falta, na frustração, sem ousar viver o desejo ou então a tendência de viver o desejo, recusando a falta.

Nessas atitudes nunca encontraremos o equilíbrio. O equilíbrio dos centros depende de permitir-se viver as duas faces, segundo o que a vida apresenta, sem fugir de si mesmo.

 A energia da Lua é chamada de feminina e a do Sol, de masculina. A energia descendente é lunar, podendo ser ilustrada pela história da Queda. E a energia feminina que, de certo modo, arrasta a masculina, ou seja, a energia lunar está na origem da criação do corpo.

Seguindo o processo natural, homens e mulheres são obrigados primeiro a passar por uma iniciação feminina, quer dizer, é preciso ter os pés na terra; com o passar do tempo, ocorrerá uma inversão.

No início do processo descendente, de queda, a energia lunar se exteriorizará na criação dos corpos; portanto, o feminino é exteriorizador e o masculino fica encoberto em nosso interior.

 Quando o ser renasce, ocorre o inverso: as energias invertem-se e reencontram seu lugar correto, ou seja, a energia feminina interioriza-se e a masculina exterioriza-se. Para o ser renascido, os contatos interiores se dão através do feminino.

Para ingressarmos na vida material, estranhamente temos todos que passar pelo feminino, pois todos nós, homens e mulheres, nascemos de uma mulher.

 Em seguida, na espiritualização, no renascimento, para que o contato interior seja estabelecido, paradoxalmente, ainda temos que seguir o feminino. A iniciação, portanto, é sempre feminina, seja na vida existencial, seja no sentido espiritual do termo.

É difícil falar do masculino, pois está essencialmente fora do campo de manifestação. Tal como no ato sexual, o homem se faz presente, fecunda e se retira. Depois é a mulher que realiza todo o trabalho. O masculino está fora da criação, tomando-se difícil apreendê-lo em sua verdade essencial. Apenas as últimas etapas da iniciação, as etapas finais de revelação são masculinas.

Intercâmbio
Aluno: Se o baço e o pâncreas não funcionam bem, o que ocorre no corpo Sutil?
Patrick: É provável que a função de integração não esteja ocorrendo bem e isso, de maneira indireta, exige melhor integração do centro Basal. Compreendam que, se o baço não funciona bem, isso nos leva à outra face da mesma energia. Um chakra totalmente integrado, aberto, significa equilíbrio energético, Neste exemplo o equilíbrio se dá entre o Saturno positivo e negativo.

 Aluno: Por isso se diz que quem tem diabetes não está bem encarnado?
Patrick: Não sei, mas é possível.
A. Se as práticas respiratórias correspondem ao ponto mais denso da energia astral, quando a pessoa trabalha sobre a respiração estará trabalhando diretamente para harmonizar e purificar sua energia astral?
P: Sim.

A: E se o céu astral representa o campo astral de condicionamento, apontará ele precisamente o lugar que a pessoa terá de trabalhar?
P: Exato. São maneiras diferentes de trabalhar o tema astrológico dentro de uma ótica interior. Esse é o verdadeiro sentido da astrologia. Não foi feita para dizer como funcionamos, pois isso já sabemos e, para tanto, basta observar como agimos na vida. Não é preciso carta astral para isso. O interesse da astrologia está em encontrarmos respostas para a transformação.

A: Isso explicaria por que em determinados períodos do ano há mais abertura para o trabalho espiritual, para os sonhos?
P: Sim, levem em conta esses períodos do ano, pois há ciclos bem definidos.
A: Devido ao pouco tempo que falta para ocorrer o Apocalipse, como ficaria colocar um filho no mundo? Ele não correrá o risco de perecer fisicamente nesse processo?

P: Não sei. Chegado o momento veremos. A cada dia bastam suas penas. Mas a respeito da sua pergunta percebo claramente duas possibilidades informais que podem, portanto, parecer muito paradoxais. Creio que com o desenrolar do tempo haverá uma escolha humana: apagar-me, ficar no informal, no indeterminado ou determinar- me. Como temos uma certa visão de antecipação é apenas isso que podemos perceber, mas é bem provável que saberemos qual das duas escolher antes de estarem plenamente inscritas no nível terrestre. Todavia, até o momento ainda haverá indeterminação.

Na verdade, é muito difícil expressar as coisas nesses níveis de consciência. Uma vez mais “a Luz brilha nas Trevas e as Trevas não a reconheceram”. Noé e a história de Sodoma e Gomorra ilustram bem o fato de que quando uma certa visão profética é expressada, as 140 pessoas dão risadas e perguntam a razão de especular sobre tais coisas, quando o importante é o que está ao redor.

 Tanto é verdade que perguntaram a Noé: “Por que você passa seu tempo construindo uma arca? Seria muito melhor se cultivasse seu jardim.” Mas, quando nos damos conta, em geral já é tarde demais.

O que estabelece a diferença entre a individualidade terrestre e o ser liberado que tem acesso a uma visão profética é haver, na visão profética, uma percepção do passado e do futuro no presente. A maioria das pessoas, tendo ou não consciência disso, projetam-se no futuro, mas, sendo ele muito impreciso, vivem principalmente em seu passado. Estão sempre numa batalha atrasada e só se dão conta das coisas quando estas já ocorreram.

A vida interior possibilita compreendê-las antes, o que é sem dúvida, a melhor maneira de responder a elas. Não é após ter recebido um soco no nariz que direi “poderia tê-lo evitado”.

Para evitá-lo, seria necessário saber antes de o golpe partir. Quando advertimos alguém dizendo “Cuidado, você vai levar um soco no nariz”, frequentemente ouviremos “Você está louco, não há nada”. Como a pessoa ainda não recebeu o soco acredita que não há nada. Ao recebê-lo, porém, será tarde demais. Quase sempre ocorre uma falta de sincronia e dificuldade de comunicação.

Outro elemento nem sempre fácil de ser determinado nas visões proféticas é a noção de tempo, pois no nível do centro Frontal não existe tempo tal qual o conhecemos em nossa experiência física.

Por exemplo, ao olhar uma pessoa dificilmente vejo o mal nela, porque normalmente a vejo como ela será; porém eu seria incapaz de dizer se será assim dentro de seis meses, dez anos ou três vidas. Por outro lado, em muitas experiências, os contatos interiores revestem- se de roupagens que possibilitam decodificar o tempo.

Todavia, como a individualidade é pobre, nada se pode querer. Não podemos pretender ter visões proféticas ou pedir indicações que nos alegrem, existencialmente falando; precisamos apenas confiar. Em determinados casos receberemos informações bastante precisas e, em outros, tudo será mais informal.

 Para tentar compreender um pouco melhor o significado de tudo isso, é preciso refletir sobre o simbolismo.
A: Coloquei a questão da diferença entre o ser não-realizado e o realizado para frisar que há uma diferença real no confronto com tais situações. Determinadas situações que para um ser não- realizado seriam terríveis, para o ser realizado não têm necessariamente o mesmo aspecto.

P: Justamente, pois na realização há desidentificação das formas; portanto, mesmo que elas sejam destruídas isso não dá medo. Por exemplo, foi colocada a questão sobre a minha reação diante da proximidade do Apocalipse e o fato de eu ter uma filha pequena. Respondi “Não sei, vamos ver. Todavia, o certo é a noção de desapego.

Minha relação com Anaela é evidentemente de amor, mas, ao mesmo tempo, de desapego. Sei muito bem que um dia eu e ela morreremos. Tanto o seu como o meu tempo não me pertencem. Além disso, sei que “Quem não for capaz de abandonar pai, mãe, filhos e marido, não será capaz de seguir-me”. Não sei o que pode acontecer, sei apenas que aceitarei plenamente aquilo que é, em vez de desmoronar se ela ou eu tivermos de morrer.

A: Como há fases em que a criança tem mais necessidade de se exteriorizar e outras de acumular experiências, pode-se dizer que esses ciclos também ocorrem cronologicamente?

P: Justamente. Se alguém utilizar bem as Efemérides e compreender bem um tema astrológico, essas fases podem ser previstas. Todos os instrumentos dizem a mesma coisa, com óticas um pouco diferentes. Outros instrumentos, como as letras e os números, podem ser utilizados para previsões individualizadas, pois os ritmos também estão inscritos neles.

A: O aproveitamento escolar, por exemplo, tem muito a ver com isso. Há fases em que a criança cria uma grande resistência em colocar coisas para dentro.
P: Sim, ela estará na digestão do que foi colocado anteriormente, portanto, na rejeição ao novo.

A: E nós a colocamos de castigo.
P: O grande problema e drama dos dias de hoje é tudo ser feito para o coletivo, que não significa nada, ao invés de atender cada indivíduo. Por exemplo, vejo os níveis de integração de minha filha numa classe. Ela tem de seis a oito meses menos de idade que as outras crianças de sua turma. O que as crianças mais maduras compreendem facilmente, pode ser de difícil integração para ela. Oito meses depois, portanto na mesma idade das crianças de sua classe, ela compreenderá perfeitamente.

A: Você poderia falar algo sobre a energia de Lilith para aclarar um pouco mais esse tema?
P: Na verdade, como trabalhei muito esse assunto, posso dizer que há coisas extraordinárias a serem compreendidas. O céu astral está associado ao corpo Sutil, ao mundo da Formação, Yetzirah. Abaixo dele há o corpo físico. Ao céu astral corresponde a Psique enquanto que o plano físico se refere ao Soma.

 Na verdade, a relação existente entre o corpo Causal e o céu astral é a chave do processo de renascimento que chamei de Eros, mas que poderia perfeitamente ser chamado de Lilith.

Lilith é uma energia descendente feminina que representa a mãe negra, pois vai em direção à dualidade, à manifestação. Ela é portadora do desejo essencial do ser que precisa ser consumado, vivido e, posteriormente, equilibrado.



Lilith está ligada ao mito original que constrói o ser e, como conseqüência, será responsável por seu drama, sua crucificação e sua redenção.

Num tema astrológico é perfeitamente possível ver como esse mito original foi vivido carmicamente. Em seguida podemos ver quais foram suas consequências transformadoras no sentido do sofrimento original, ou seja, da culpa gerada pelo drama original, das situações de compensação e da capacidade de atos de liberação gerados pelo processo.

É muito efetivo trabalharmos nesses níveis, que constituem o verdadeiro plano oculto do tema, embora, no sentido estrito da astrologia, Lilith não corresponda a um corpo celeste, mas sim a um ponto fictício. Sua realidade energética, na verdade, é informal, pois pertencente ao mundo de Briah.

A: O que quer dizer drama original?
P: Cada indivíduo está ligado a um arquétipo ideal ou edênico. Antes da Queda, cada indivíduo do mundo de Briah também está ligado a uma característica particular, sendo portador de uma aspiração a determinada realização, que podemos chamar de pacto iniciático. No nível edênico, o pacto consiste em empenhar-se na realização de si, naquilo que somos absolutamente únicos.

O que somos de únicos, porém, pode ser agrupado em famílias espirituais. Se utilizarmos a terminologia zodiacal, poderemos encontrar doze famílias espirituais; se falarmos em chakras, encontraremos sete, e assim por diante. São apenas diferentes maneiras de recortar e especificar determinada energia. Tal como numa família as pessoas têm certas semelhanças mas, ao mesmo tempo, cada uma delas é única.

A: Quer dizer que podemos trabalhar nossa própria vida usando cada chakra ou planeta como modelo?

P: Sim, mas isso se passa no nível do corpo Sutil. Para reintegrarmos o conjunto dos níveis do corpo Sutil é preciso reintegrar cada chakra, o que significa abrir o chakra Frontal e, de certo modo, curar a Mãe Negra.

Vivi isso muito concretamente. Foi-me mostrado com precisão minha Mãe Negra. Havia entre nós uma espécie de transfusão. Eu recebia seu sangue e me foi dito que era sangue doente, mas, recebendo-o, eu o curava. O embranquecimento dessa mãe realizou-se mediante sua integração às forças do mundo de Briah.

 Essas forças têm dupla face, são ao mesmo tempo anjo e demônio. Quando as vemos sob o aspecto edênico, podem ser consideradas anjos, mas, quando as vemos no sentido da descida, são demônios.

O que acabo de dizer, trata-se ainda de uma classificação dual, ligada ao mundo da Formação; anjo e demônio, bem e mal. No mundo acima, da Criação, não há mal nem bem. Somente quando o indivíduo integra a totalidade do zodíaco, alcançará o plano de Briah e encarnará o mito original que o constrói.

 No ponto de partida, antes dessa integração, devido a fenômenos energéticos de inversão, ocorrem os aspectos aparentemente negativos de Lilith, que dão origem ao karma e ao sofrimento original.

Se a realização do meu mito original, por exemplo, estiver ligada ao amor, significará que sou portador desse mito original. Na sequência, tendo me encarnado direi “Eu te amo!” Na verdade, isso significa que quero destruir o outro, porque o amor, força de doação e expansão, devido à inversão energética, transformou-se em formas de possessão e aprisionamento.

 Dependendo do que acontece no plano existencial e das tomadas de consciência psicológicas que isso gera, haverá transformações cármicas progressivas.

A princípio agarrarei a vida e destruirei tudo sem mesmo me dar conta disso. Mais adiante, quando perceber que destruí a pessoa que amei, começarei a sofrer.

 Nesse dia sofrerei um terrível choque, que imprimirá um traço cármico muito forte no plano do sentimento e produzirá um conjunto de consequências nas encarnações seguintes, como por exemplo, a culpa.

 “Gostaria de amar, mas não consigo”, ou “Amar não é bom”, são duas formas geradas pela culpa. Mais tarde surgirão compensações do tipo: “Quero amar, mas cada um morando em sua própria casa”.

A: Esse pacto tem alguma relação com Adão Kadmon?
P: Adão Kadmon está ligado a um plano ainda mais alto, mas tem alguma relação.

A: Nossa característica do mundo de Briah é a mesma em todas as encarnações?
P: Creio que, em todos os níveis, ocorre exatamente a mesma coisa. Não é certo que nasceremos com o mesmo signo astral. No nível de Briah, existe o equivalente ao zodíaco inteiro, uma vez que há relações de corpo para corpo ou de plano para plano.

Se quisermos realmente encontrar no plano de Briah o centro que conduz ao mundo de Atziluth, talvez seja necessário uma série de experiências sucessivas no mundo de Briah.

A: Mas só ascendemos às experiências de Briah após termos vivido o conjunto das experiências do mundo de Yetzirah?
P: Sim, sempre é preciso encontrar o centro.
A: Resumindo, estamos encarnados e é com as experiências da vida cotidiana que temos que trabalhar?

P: Isso só é verdade enquanto compreensão existencial. Na realidade, porém, é o inverso que se passa e tudo se simplifica. No mundo de Briah há estruturas analógicas aos planos inferiores, mas o problema para o ser existencial é que elas são não-duais. Isso quer dizer que há um mistério.

 Não se pode dizer que, numa experiência de Briah, seja necessário passar por todas as qualidades desse mundo, pois, nesse nível, viver uma delas é viver todas, visto que não há dualidade.

 Nesse nível de conhecimento, ao se viver uma energia particular, tem-se o conhecimento ou integração do conjunto. Há uma condição muito específica para compreendermos facilmente todo o condicionamento do plano astral e o do plano físico, que pertencem aos níveis de dualidade.

Porém, falar das experiências ligadas ao outro lado é muito mais difícil, pois são vivências de vácuo, de não-dualidade, de estruturas informais.

A: Não temos parâmetros.
P: De fato, não são os mesmos parâmetros. A meu ver um ensinamento deve falar dos mundos superiores, caso contrário não teria sentido. Mas um ensinamento conduz apenas à porta do Templo, isto é, oferece meios para o ser libertar-se. Quanto ao que se passa do outro lado, ele saberá quando o experimentar. Sob um ponto de vista, de nada serve especular sobre isso enquanto ainda não o tivermos experimentado.

De outro, não é inútil falar a respeito, pois trata-se de uma experiência muito real. A dificuldade de falar reside no fato de referir-se a uma transformação de consciência, e compreendê-la já significa viver essa transformação. Explicá-la para quem não a adquiriu, é impossível.

A: Mas por outro lado, uma visão global do processo, ajuda muito a nos situarmos e a não nos enganarmos em relação ao nosso próprio caminho.

P: Sim, porém como todos os processos entram em sucessivas ressonâncias, pode-se ler tudo num tema astrológico, numerológico ou de nomilogia. A questão não é tanto o que é dito, mas como o interpretaremos e o obedeceremos. E possível dizer a alguém, através da astrologia, uma porção de coisas, mas o que fará com elas, como agirá?

A: Normalmente a pessoa faz uma consulta astrológica e vem com perguntas muito precisas, não estando preocupada com o que temos a lhe dizer. Mas temos de tomar muito cuidado com o que lhe é dito, pois às vezes achamos não ter falado nada e um ano depois a pessoa retorna dizendo: “Muito obrigado, você me ajudou a dizer até logo ao meu emprego.” E nem sabemos ao que ela se refere. É complicado.
P: É verdade.

A: Como seria representado um bloqueio no centro Basal em relação ao processo de circulação da energia?
P: Para responder a essa questão, é necessário entrar na interpretação astrológica ou energética. Em geral, quando há excesso de energia, ela se desenrola em sua própria ressonância. O excesso de energia Saturnina, por exemplo, ou do centro Basal, ocorre dentro da própria energia ou centro. Por outro lado, quando se trata de escassez de energia, a falta sempre indica uma plenitude em outro lugar, que será preciso encontrar. Existem leis energéticas, conhecidas pela astrologia, pela energética chinesa, que permitem localizar os lugares com excesso de energia.

As ressonâncias ocorrem da seguinte maneira: quando há falta em algum lugar, o excesso encontra-se no elemento oposto. Na astrologia, por exemplo, quando há pouca energia num signo, devemos procurar o excesso no signo oposto.

No modelo abaixo, mostramos o mesmo princípio aplicado aos planetas numa relação dois a dois. Por exemplo, o planeta Marte, regente dos signos de Áries e Escorpião, equilibra-se com o planeta Vênus, regente dos signos de Touro e Libra, que são opostos e complementares aos outros dois.

Em seguida, ocorre uma modulação e a energia toma-se muito mais sutil. Para nos aprofundarmos nesse tema ria necessário um estudo específico de astrologia ou da energética chinesa.
A: Estamos prontos.
 P: Eu também. O problema é a distância entre o Brasil e a
França.

Nos ensinamentos habituais de astrologia e de energética chinesa, os elementos que citei aqui não são colocados, pois não levam em conta o global das relações energéticas. Hoje em dia, muitos ensinamentos foram aparentemente perdidos.
É importante compreender bem os movimentos de subida e descida. No movimento de descida, vai-se em direção ao concreto, à matéria. A subida consiste sobretudo numa transformação da consciência.

 O que está em jogo nesses movimentos é a possibilidade de integrar matéria e vida. Enquanto formos matéria viva, devemos fazer com que dela emerja a consciência. A liberação é uma questão de consciência.
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