CEOMT - Centro de Estudo da Obra do
Mestre Tibetano
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
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Considerações Preliminares
Uma breve descrição do nosso Campo de
Evolução
Quando o SER CÓSMICO,
que exotericamentente é chamado DEUS e esotericamente é denominado LOGOS SOLAR,
decidiu mudar o seu estado de ser, para dar mais um passo grandioso em sua
escalada evolutiva cósmica e viver mais um ciclo de sua excelsa vida, ou seja,
encarnar fisicamente, ELE organizou a matéria prima cósmica à sua disposição em
sete diferentes tipos de átomos, variando em sete graus de densidade e
consequentemente em sete níveis de frequência (capacidade de vibrar) e de
velocidade.
Quanto mais sutil, maior energia, maior
frequência e maior velocidade, decaindo todas essas propriedades à medida que o
átomo foi se tornando mais denso, até a nossa matéria física, na qual vivemos e
evoluímos, quando encarnados.
A construção dos átomos
de uma determinada densidade sempre é a partir dos átomos de uma densidade
imediatamente menor, de tal forma que os átomos da nossa matéria física são
formados por um aglomerado bem definido e organizado de átomos da matéria mais
sutil, denominada matéria divina ou adi.
De forma resumida e não
detalhada, vamos descrever o processo de construção dos sete tipos de matéria,
que constituem o palco da nossa evolução, neste grande ciclo. A descrição
detalhada ficará para mais tarde, mas no momento é necessário um pouco de
conhecimento da estrutura da matéria, para a compreensão inicial do que seja o
FOGO e seus processos de diferenciação e propagação.
Inicialmente o nosso
LOGOS SOLAR apropriou-se de uma quantidade que, embora não seja infinita, é
todavia incomensuravelmente grande, de átomos colocados à sua disposição. Não
vamos falar agora de QUEM dispôs esses átomos, para não complicar as coisas.
Para se ter uma ideia
do número que expressa essa quantidade, se pudermos imaginar o que seja um
decilhão, o número 1 seguido de 33 zeros, esse número é irrisório comparado com
o número de átomos que o LOGOS SOLAR apropriou para si. É possível
matematicamente estimar esse número.
Após a apropriação, o
LOGOS infundiu nesses átomos as suas três qualidades principais: VONTADE, na
forma de inércia ou tamas, a capacidade de manter o modo de ser ou
resistir à alteração,
ATIVIDADE ou rajas, a capacidade de vibrar ou
de se movimentar e RITMO ou AMOR, sattwa, a capacidade de vibrar de
forma ritmada, harmoniosa e não desordenada. Essas três qualidades impostas aos
átomos são chamadas gunas.
A infusão das
qualidades ou gunas nos átomos é feita por um ato de Vontade do LOGOS. Nesse
processo ELE dosou-as nas proporções aproximadas de 50%, 30% e 20%, havendo
permutação delas, de tal forma que foram geradas 7 especializações denominadas
de raio,
porque o átomo responde preferencialmente à energia de seu raio.
Por exemplo, o do 1º raio tem 50% de tamas,
30% de sattwae 20% de rajas. Essa diferenciação, entre
muitas outras aplicações, é que permite a transferência das 3 energias (FOGOS)
básicas de uma
modalidade da matéria para outra, como também a excitação dos
átomos diretamente pela MÔNADA. Essa matéria inicial é chamada plano
adi ou divino.
Em seguida o LOGOS
agrupou uma quantidade definida desses átomos em 6 diferentes modalidades. Cada
partícula da 1ª modalidade continha um determinado número de átomos, dispostos
numa certa geometria e mantendo entre si um relacionamento energético precisamente
calculado.
Em consequência desse agrupamento de átomos, a
capacidade de vibrar e a velocidade dessas partículas ficaram reduzidas. Essa
limitação de capacidade chama-se Tamatra, que quer dizer a medida d'AQUELE.
Essa modalidade chamou-se subplano subatômico ou 2º subplano, sendo o subplano
atômico ou 1º subplano o conjunto dos átomos livres.
Depois o LOGOS reuniu
aglomerados dessas partículas, também em geometria definida, número determinado
e certa relação energética entre si e assim construiu a 2ª modalidade, de maior
densidade, denominada 3º subplano.
Sucessivamente ELE
organizou as demais modalidades, até concluir o 7º subplano, o mais denso,
constituído de partículas ou moléculas com maior número de átomos.
Dessa forma
passaram a existir sete divisões ou subplanos da matéria do plano divino ou adi
As moléculas dos
subplanos abaixo do atômico também estão divididas entre os 7 raios, conforme a
preponderância de átomos desse ou daquele raio.
Em seguida o LOGOS,
usando átomos adi em grupos de 70, provocou vórtices na matéria do 7º subplano
adi, qualificou esses vórtices, sempre levando em conta os 7 raios e assim
construiu os átomos da matéria chamadamonádica ou anupadaka.
Pelo mesmo processo empregado na construção das 6 divisões ou subplanos da
matéria adi, ELE organizou 6 divisões da matéria monádica, passando a existir
também sete divisões ou subplanos, com as mesmas denominações da matéria adi.
Dessa forma ficou constituído o plano monádico ou anupadaka.
Assim, por essa
técnica, foram construídas as matérias dos planos espiritual ou átmico, intuicional ou búdico,
mental, emocional ou astral
e físico, todos com 7 divisões ou subplanos, sempre
utilizando 70 átomos do plano imediatamente menos denso, pela provocação de
vórtices na matéria do 7º subplano, para formação do átomo do plano mais denso
seguinte.
Qualquer que seja o
átomo, sempre ele tem a forma espiralada, mais ou menos esférica, com uma
pequena depressão na parte superior e uma pequena ponta na parte inferior.
É de máxima relevância
que fique bem clara a concepção das 7 divisões de átomos quanto à densidade
como das 7 divisões quanto ao raio, totalizando 49 tipos de átomos.
As partículas, que
podemos chamar de moléculas, das divisões abaixo da atômica também obedecem à
divisão segundo o raio. A classificação é de acordo com o número de átomos
predominantes de um determinado raio, que constituem a molécula.
Todos os átomos e
moléculas de todas as divisões, desde a matéria adi até à matéria física,
coexistem no mesmo espaço, estando todos eles ao nosso redor e nos
interpenetrando, à semelhança dos neutrinos, essas partículas descobertas pelos
físicos e intensamente pesquisadas e que nos atravessam continuamente aos
milhões da cabeça aos pés, sem que sintamos a sua presença.
Todavia as partículas mais
sutis afetam as mais densas, no processo de transferência de energia.
Assim como o fóton, que
para os físicos é simultaneamente partícula e onda, ao entrar no elétron,
energiza-o, fazendo com que ele aumente a velocidade e se liberte da atração do
núcleo do átomo químico, também as partículas mais sutis transferem energia para
as mais densas, penetrando nelas.
Concluindo, temos agora
uma visão sucinta do nosso campo de evolução. Pelo relacionamento com esse
campo, em todas as modalidades de matéria, através dos sentidos, mecanismos de
entrada das informações e do conhecimento na nossa consciência e dos
mecanismos
de ação, que permitem a saída das informações que a nossa consciência
engendrou, atuamos no meio exterior e somos por ele atuados. Para todas as
modalidades de matéria existe um corpo ou veículo para esse relacionamento.
Pela distribuição das
partículas constituintes dos nossos veículos físico-etérico, astral e mental
inferior, segundo a densidade e o raio, em consequência da imensa quantidade de
interações e reações entre si e com as energias exteriores, é que a nossa personalidade
é definida.
A atuação da MÔNADA via Alma, ao longo das
muitas encarnações e experiências, vai controlando esses corpos, substituindo
as partículas mais densas pelas mais sutis e ampliando as qualidades dos raios.
Eis o objetivo do processo evolutivo: o domínio total de todos os planos,
subplano a subplano, para que a Mônada possa expressar toda a sua divindade em
qualquer plano. Pelo controle completo dos nossos veículos chegaremos ao
controle completo do meio exterior.
A sentença CONHECE-TE A TI MESMO deve ser
acrescida de DOMINA-TE A TI MESMO .
Pela constituição dos
átomos e moléculas dos planos, todos formados por átomos divinos, vemos,
racionalmente, que DEUS está realmente em nós e em tudo o que existe
materialmente, deixando de ser uma simples questão de fé cega, mas sim de
certeza científica e lógica.
Deus, O Uno Absoluto Infinito
Mestre Tibetano, no
livro Tratado sobre Fogo Cósmico, escrito pela Sra. Alice A. Bailey, na página
972, diz textualmente: O Espírito e a matéria nunca estão dissociados durante a
manifestação; constituem a dualidade que está por trás de todo o objetivo.
Sem
embargo algum fator é responsável por ela - aquele que não é Espírito nem
matéria, considerado como inexistente por todos, exceto pelo iniciado. Na 3ª
iniciação, o iniciado tem um lampejo de luz a respeito desta abstração e quando
recebe a 5ª iniciação terá captado bastante para permitir-lhe dedicar-se com
afinco a desvendar seu segredo .
Como já tinha dúvidas a
respeito da dualidade Espírito-matéria e nunca aceitei a ideia de que DEUS é
apenas Espírito, muito menos o DEUS dos religiosos, passei a meditar
profundamente nas informações do Mestre Tibetano.
Cheguei então a uma
conclusão, que passo a descrever.
Inicialmente
determinadas premissas devem ser estabelecidas.
DEUS é infinito e, pelo
princípio matemático da unicidade do infinito, é único e uno, sendo portanto
absoluto.
Sendo infinito, nada
por ser criado, na acepção de haver surgido do nada, simplesmente porque se
algo fosse criado num dado instante, no instante imediatamente anterior esse
algo não existia, o que é um absurdo, porque negaria a infinitude de DEUS, pois
faltava esse algo a ELE.
No infinito não existem
os conceitos de espaço e de tempo, pois, sendo DEUS infinito, é onipresente,
logo para ELE não há distância, não havendo distância, não há espaço nem tempo.
Como não pode haver
vazio em DEUS, ELE tem a propriedade da continuidade.
Todas as possibilidades
de estados de ser existem em DEUS, ao infinito. Nada mais pode ser criado, em
decorrência desse fato. Esses estados de ser existem NELE ao infinito e
simultaneamente, uma vez que para ELE não existe o tempo.
Em decorrência desse
raciocínio, o que é chamado manifestação ou criação de DEUS, na realidade é o
conjunto de estados de ser DELE, não existindo nem criação no sentido de haver
surgido do nada, nem manifestação no sentido de exteriorização, porque ELE não
pode sair de Si Mesmo, o que seria um absurdo.
Assim, Espírito ou
Mônada e matéria são dois estados de ser, opostos, de DEUS, ou seja, Mônada é
DEUS e matéria é DEUS, em estados de ser diferenciados e simultâneos. Há também
um terceiro estado de ser, chamado consciência, resultante do relacionamento
entre Mônada e matéria.
DEUS no estado de ser
como Mônada possui consciência de individualidade, ou seja, autoconsciência e
como matéria, apenas consciência.
Isto significa que ELE,
como Mônada, considera-se finito e com poderes limitados. Como existe
diferenciação (Mônada e matéria), para a Mônada existe tempo e espaço, como
estados de consciência, decorrentes do relacionamento com a matéria, uma vez
que há referencial para espaço e tempo.
DEUS possui infinitos
estados de ser como Mônadas bem como infinitos estados de ser como matéria.
Percebem aí,
claramente, a trindade de DEUS: Mônada, o Pai, a Vontade - matéria, a Atividade
Inteligente - consciência, o Filho, o Cristo, o Amor-Sabedoria, gerado pela
relação Mônada (Pai) -matéria (Mãe).
DEUS, no estado de ser
como Mônada, repete o processo de assumir estados de ser como Mônada e matéria,
sendo que essas Mônadas, subestados de ser da Mônada Pai, acham-se mais
limitadas e com poderes mais reduzidos. Assim, o processo de Mônadas,
subestados de
ser, adquirirem subestados de ser cada vez mais limitados e com
poderes cada vez mais reduzidos, prossegue até chegar ao nosso Logos Cósmico,
nosso Logos Solar e nós, Mônadas humanas e às Mônadas Dévicas.
Por esse raciocínio,
todo ser humano encarnado, é um estado de ser de DEUS, em um número
incomensuravelmente grande de divisões de estados de ser.
Todas as Mônadas
humanas, encarnadas ou não, qualquer que seja o nível de evolução, de um santo
ou de um criminoso, sem exceção, são o Logos Solar, em um número imenso de
estados de ser e tendo a
autoconsciência de individualidade, que é conferida ao
estado de ser chamado Alma, por ocasião do processo de individualização, na 3ª
sub-raça da raça Lemuriana, conforme o Mestre Tibetano descreve no livro
Tratado sobre Fogo Cósmico, página 570.
Podemos ter uma ideia
mais clara do que seja estado de ser, analisando as propriedades da água em
seus estados sólido, líquido e gasoso. No estado sólido, a água é dura. No
estado líquido ela é fluida e adquire a forma do recipiente que a contém.
No
estado gasoso, o de maior liberdade para a água, ela é dinâmica, exerce pressão
sobre as paredes do recipiente que a contém e pode executar trabalho, como nas
turbinas geradoras de eletricidade e nos navios. As propriedades são
diferentes, mas sempre será a mesma água.
Estando bem
caracterizado, por lógica e raciocínio puros, que tudo é DEUS em infinitos
estados de ser, vamos começar a estudar a matéria. É consenso entre os físicos
que há fundamentalmente dois tipos de partículas: os férmions, que constituem a
chamada matéria densa, como elétrons, prótons, nêutrons e quarks e
os portadores de energia, chamados bósons, como os fótons e
os glúons.
Mas quem é responsável
pela energização dos bósons, quem fornece a sua energia. Sabemos que cada bóson
ou fóton tem um quantum de energia, mas de onde vem essa energia?
Fica evidente que os
bósons são relacionadores. Logo eles fazem o trabalho do Filho ou do Cristo,
sob o ponto de vista maior do estado de ser de DEUS como matéria. Como o Cristo
relaciona a Mônada com a matéria, em muitíssimas relações, deduzo que quem
fornece a energia para os bósons é a Mônada. No caso do nosso mundo fenomênico,
é a Mônada do nosso Logos Solar.
Dessa forma chegamos ao
assunto Fogo, tema principal do Mestre Tibetano no livro Tratado sobre Fogo
Cósmico. No próximo estudo prosseguiremos com esse tema.
Que a Paz do Senhor
Cristo fique com todos. Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
GN
Fonte: Tratado sobre
Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da
Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.
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Postado por Dharmadhanna
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