Lendo este lindo texto eu pensei que o planeta estaria sendo Iniciado na "harmonia das esferas" quando toda as criança do planeta fosse a prioridade das nações e todas estariam em escolas universalistas, e todas com direitos iguais.
Então estaríamos pensando no futuro do planeta de luz e de prosperidade e União.
A violência, a fome, a Separação é fruto da ignorância e uma minoria que governa economicamente e politicamente o o sistema, não se interessa pela educação.
Deus é Um. Somos Um
Enquanto as religiões não se unem para unir a sociedade o Grandes e poderosos são unidos para "governar" as consciências, semear a guerra e a separação.
Cada criança abandonada na rua e na miséria revela a miséria interior dos nossos governantes.
Dharmadhannya
O que é
um Iniciado?
Por Papus
Uma das causas mais
frequentes da obscuridade aparente dos estudos de Ciência Oculta diz respeito à
confusão dos termos empregados por aqueles que tratam dessas questões.
É, então
indispensável bem definir primeiro as palavras que se empregam, sob pena de
cairmos no erro que acabamos de indicar.
Poucos termos prestam-se mais a
confusão do que aquele de Iniciado. Uns consideram o Iniciado como o ser
excepcional, designado com veneração por todos os autores do Ocultismo; outros
encaram o termo com uma significação bem menos elevada e que se pode aplicar de
uma maneira geral. Basta reportarmos-nos a significação primitiva dessa palavra
para verificar que a última acepção é a mais correta.
Com efeito, o título de
Iniciado na Antiguidade indicava simplesmente um homem instruído, cujos graus
de instrução variavam segundo os casos, sem que o título geral de Iniciado
sofresse a mínima modificação.
O Iniciado nos pequenos mistérios possuía uma
instrução equivalente àquela dada em nossos dias pela Universidade; o Iniciado
nos grandes mistérios aprendia a manejar as grandes forças ocultas da Natureza.
Chegado ao ápice dessa instrução, ele adquiria o título de vidente, de profeta
ou de Adepto. Assim, Iniciado ou Adepto são os dois termos que designam
respectivamente o começo e o apogeu da carreira de Ocultista.
Todos os homens
instruídos adquiriam, na Antiguidade, o título de Iniciados e os títulos de
filho da mulher, filho da Terra, filho dos deuses, filho de Deus (*),
designando sua elevação hierárquica na ordem dos conhecimentos humanos.
Sem querer nos
aprofundar sobre o ensinamento que eles recebiam, falemos, entretanto, de um
ponto muito importante. A doutrina ensinada, era, sobretudo, sintética e a
pesquisa da Unidade Universal lhes era indicada como o objetivo de seus
esforços.
De outro lado, os Iniciados aprendiam a adaptar o ensinamento aos
temperamentos diversos dos povos que eles eram encarregados de organizar como
legisladores.
É por isso que vemos as leis de Orfeu, de Moisés, de Licurgo, de
Sólon, de Pitágoras serem tão diferentes em aparência, enquanto que todos esses
homens adquiriram seus conhecimentos numa mesma Fonte.
A perda desses dados
conduz nossos legisladores contemporâneos à ruína e à subjugação das nações que
eles querem organizar, todas sobre a mesma base. O povo possuía, então, uma
religião ou uma organização social, com relação absoluta ao seu próprio
temperamento, e que era um excelente meio de torná-lo feliz;
o homem instruído,
ao contrário, sabia convictamente que não existia senão uma religião, e que
todos os cultos eram adaptações, como as cores são aspectos diversos de uma
única luz branca.
Assim, a guerra religiosa era quase totalmente desconhecida
na Antiguidade, pois nenhum homem inteligente poderia sequer pensar em tal
possibilidade; o povo, tão somente, seria capaz dessas infantilidades.
A sociedade antiga
aparece-nos, agora, com todo o esplendor de sua organização unitária e
compreendemos porque o Iniciado podia entrar em todos os templos e sacrificar a
todos os deuses, em comunhão com os sacerdotes de todos os cultos, que o
reconheciam como um filósofo da unidade, assim como eles próprios.
Os
ignorantes sectários, que pretendem hoje em dia falar de religião, proclamam a
esse respeito o politeísmo, sem compreender que os cristãos de hoje parecem, ao
pesquisador ingênuo, mais politeísta do que os membros de qualquer outra seita.
Imaginemos, com efeito, um homem instruído, mas ignorante de nossos costumes
religiosos, que subitamente fosse convidado a fazer um estudo a esse respeito,
não possuindo como dados senão monumentos. Veja se suas conclusões não seriam
essas: ” A Religião desses povos curiosos parece consistir principalmente na
adoração de um velho, de um supliciado e de uma pomba.
Todos seus templos
apresentam essas imagens. Eles adoram, além disso, vários deuses que se
encontram sobre seus altares sob os nomes de São José, São Luís, etc.. Além
disso, eles oferecem sacrifícios de flores recém-desabrochadas à uma divindade
que parece ser aquela da natureza e que eles chamam Maria.
Encontram-se,
também, várias imagens de animais sobre seus altares, um cachorro, ao lado de
um deus inferior, São Roque, e, mesmo, um porco, acompanhando um outro deus,
Santo Antônio. Existem, também, cervos, cordeiros, etc..
Eles parecem ter
particularmente adorado esse animal, que seguidamente representam deitado sobre
um livro “. Essas conclusões nos fazem rir e balançar a cabeça. O que diria,
com efeito, um Iniciado do mundo antigo, instrutor de Moisés ou de Pitágoras,
acusado pelo sábio contemporâneo de adorar batatas ou crocodilos!
O argumento
do politeísmo e da idolatria não prova senão uma coisa: é a ignorância ou a
má-fé daqueles que o empregam.
O papel do Iniciado do
mundo antigo era, antes de tudo, social; os Iniciados formavam, no mundo
inteiro, uma fraternidade de Inteligência unida por uma doutrina unitária.
É
essa Fraternidade que certas sociedades secretas têm como objetivo mais ou
menos delineado de reconstituir. Mas esse objetivo e esses estudos não têm para
nós senão um interesse secundário.
A Antiguidade, por atraente que seja seu
estudo, não incitaria tanto nossa atenção como nossa sociedade atual. É nela,
que devemos ver agora o Iniciado.
Digamos, inicialmente,
que é muito fácil ser um Iniciado. Basta, para isso, conhecer os dados mais
elementares da Ciência Oculta e compreender, graças a ela, a necessidade
imperiosa de união fraternal de todos os homens.
Esses dados podem ser obtidos
pelo trabalho pessoal ou pelas sociedades de Iniciação. Isto exige algumas
palavras adicionais de explicação. Se foi bem compreendida a diferença capital
que atribuímos aos termos de Iniciado e de Adepto, é fácil deduzir que se pode,
até certo ponto, formar Iniciados, mas não se formam Adeptos.
Esses homens,
cada vez mais raros, só chegam ao Adeptado por suas próprias forças. O objetivo
inicial de uma sociedade de Iniciação é indicar aos seus membros, da melhor
maneira possível, o caminho do aperfeiçoamento espiritual, que deve ser
realizado pelo esforço individual.
A doutrina ensinada deve versar sobre a
fraternidade, fonte de todos os desenvolvimentos posteriores do ser humano. Na
prática, a sociedade deve envidar todos os seus esforços para realizar, entre
seus membros, o objetivo que ela persegue, para fazer de cada um deles um
apóstolo militante e, após, um verdadeiro Iniciado.
Dois grandes
procedimentos são empregados para o ensino da Iniciação; esses procedimentos,
diferenciando particularmente as escolas de Iniciação de fonte oriental
daquelas de origem ocidental, indicam facilmente a origem de um centro oculto.
A Iniciação oriental opera, sobretudo, pela meditação, isto é, o objetivo sendo
de fazer criar, para cada indivíduo, sua doutrina sintética, sua maneira de ver
o Universo e sua constituição.
A Iniciação oriental dá ao seu discípulo um
texto bastante curto e sintético sobre o qual ele deve meditar longas semanas,
ou mesmo meses. O resultado dessa meditação é de livrar pouco a pouco os
princípios analíticos contidos no texto e de criar uma doutrina fazendo-a, por
assim dizer, sair de si mesma.
A Iniciação ocidental procede de maneira
diferente. Ela dá, inicialmente, ao seu discípulo, uma série de dados sobre a
questão, a serem pesquisados e meditados longamente, impelindo-o a condensar
todas as opiniões e idéias diversas num resumo sintético.
Das duas maneiras,
chega-se ao mesmo resultado: a Iniciação oriental ampliando um texto sintético
e a Iniciação ocidental condensando textos analíticos, obtendo uma síntese
geral.
Digamos, enfim, que
certas sociedades praticam, ao mesmo tempo, esses dois procedimentos,
escalonando-os gradualmente. De qualquer maneira, o primeiro e, mesmo, o único
objetivo procurado, é de levar o aluno a criar sua própria doutrina.
Pouco
importa, inicialmente, que essa doutrina seja, em todos os detalhes, excelente ou
não. O essencial é que ela exista. A sociedade dando as bases gerais ao
Iniciado evita erros fundamentais
. O Iniciado tendo uma criação pessoal,
modifica-a posteriormente, segundo seus estudos e sua evolução interior.
Constata-se, dessa maneira, a inanidade dos ensinamentos dados pelas
sociedades, que perderam totalmente essa base indispensável e que quiseram
praticar a fraternidade universal sem criar, em primeiro lugar, homens capazes
de compreender seu alcance.
Tais sociedades não tardam a transformar-se num
corpo político, tendendo à dissolução, desde que não retorne energicamente ao
seu objetivo primitivo, por uma rápida reorganização.
A utilidade social dos
Iniciados é incontestável; basta imaginar a grandeza possível das gerações
futuras se a unidade se realiza. Certas sociedades procuram agir sobre as
massas para chegar a essa unidade, cuja necessidade pressentiram.
As sociedades
de Iniciação, ao contrário, dirigem-se às inteligências menos numerosas, e mais
capazes de compreender a nobreza da fraternidade universal.
O dia em que o padre
católico, tornado Iniciado, souber receber em sua Igreja, como um igual, o
Iniciado ortodoxo, o Iniciado muçulmano e o Iniciado budista, a fraternidade
dos povos estará bem mais perto de realizar-se na prática.
Esse dia está,
talvez, muito longe; quem sabe, ao contrário, ele se aproxima mais rapidamente
do que pensamos. Seria temerário esperar essa união dos povos?
É possível que esse
ideal seja utópico, inatingível; entretanto, nesta época de positivismo
exagerado, é consolador viver esse sonho da união dos Iniciados, realizando um
pouco a união universal de todos os homens na paz e na harmonia.
Publicação feita na revista L’Initiation nº4, de 1973
texto do site
https://nndnn.wordpress.com/2012/02/29/o-que-e-um-iniciado/
Pesquisado por Dharmadhannya
Psicoterapeuta Transpessoal
Este texto está livre para divulgação desde que seja
citada a fonte:
Repassando à Chama Violeta da Purificação e da
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