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domingo, 19 de abril de 2015

A nossa Sombra?!





A nossa Sombra?!

Tal projeção da sombra acontece, não só por indivíduos, mas  por grupos, seitas, religiões e países inteiros, e geralmente ocorre durante as guerras e outros conflitos religiosos em que o estranho, inimigo ou adversário é feito um bode expiatório, desumanizado, e demonizado.

  Sanford.A.J.

THE SUN:
Jung disse certa vez; "Prefiro ser íntegro a ser bom." Essa afirmação certamente confunde ou perturba muita gente. Por que a maioria das pessoas não consegue reconhecer a relação que existe entre a maldade e o excesso de "bondade"?

SANFORD;
Na verdade, é esse o problema do ego e da sombra, um problema que fica bem claro na tradição cristã. Na Bíblia, as diferenças entre o bem e o mal estão traçadas com muita nitidez: existe Deus, que é bom, e existe o Diabo, que é mau.

 Deus quer que o ser humano seja bom e Deus castiga o mal. De acordo com o Novo Testamento, se uma pessoa se entrega ao mal e prática más ações, sua alma se corrompe e é destruída; ou seja, instala-se um processo psicológico negativo. Assim, diante do cristão está sempre o objetivo ou o modelo de "ser bom", e isso é algo que tem valor.

No entanto, a tradição crista original reconhecia que o homem traz, dentro de si, o seu oposto. São Paulo disse; "Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero" (Romanos 7;19).

Estas são palavras de um profundo psicólogo; ele sabia que tinha uma sombra e acreditava que só Deus poderia salvá-lo dessa condição. Porém, o fato de conhecer sua condição mantinha a sua integridade.