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terça-feira, 24 de maio de 2016

1 Raio - a Vontade de Deus - Esotérico e os signos






A Vontade  de Deus - Esotérico e os signos

Consideramos agora cada um dos sete raios e vejamos como eles incorporam os três aspectos da vontade e os transmitem à Terra, via três constelações e seus regentes.

 Entramos aqui no reino das causas e lidamos com os propósitos transcendentes, incentivos, impulsos e objetivos do Uno no Qual vivemos, nos movemos e temos a nossa existência.

 Esta grande Vida, o Ancião dos Dias, o Senhor do mundo, Sanat Kumara, o Eterno Jovem, o Logos planetário — Seus muitos nomes são relativamente sem importância — é a única existência sobre a Terra capaz de responder aos objetivos do Logos solar e levá-los adiante.

 Ele, por sua vez, é o único no nosso sistema solar capaz de responder à sétupla Causa Emanadora, expressando- Se por meio da Ursa Maior ou Ursa Maior.

 Todavia, nós trataremos dos aspectos psicológicos das emanações dos sete Raios que incorporam a vontade-para-o-bem.

 Áries
1o RAIO - Vontade OU Poder
Áries
 Leão... trabalhando através de quatro planetas:
 Marte, Mercúrio, o Sol e Saturno
 Capricórnio

Esta é a vontade que está por trás de toda atividade iniciatória.
a.            A iniciação das etapas que antecedem a criação.
b.            A iniciação do impulso para evoluir, avançar, progredir.
c.            A iniciação do processo de diferenciação a fim de produzir.

Tudo isto são expressões ou efeitos da atividade da energia do raio e podemos resumi-las no pensamento de uma “penetração” dinâmica — por um ato da vontade focalizada — num novo estado de consciência, que, inevitavelmente, conduz a uma nova realização de ser.

 Eis aqui uma das definições básicas da iniciação, no que concerne ao ser humano. São pálidos reflexos dos processos dinâmicos aos quais a Vida Una Se submete quando penetra na condição dual de espírito-matéria.

 A vontade a que nos referimos aqui subjaz o dualismo e é análoga à recepção e focalização de uma idéia inicial ao penetrar na mente de um ser humano criativo e avançado, nos seus processos de pensamento e realizações.

 Isto será melhor compreendido se o discípulo considerar qual aspiração fixa, visão da meta e determinação para seguir a vontade-para-o- bem tem efeito em sua vida.

 Mais do que isto ele não pode alcançar, porém nisto está a semente cósmica da compreensão.

É preciso lembrar que no Caminho da Iniciação o processo do treinamento está todo voltado para a evolução da vontade  possivelmente porque por trás do desenvolvimento do amor encontra- se a revelação da vontade.

Corretamente nos ensinam que a meta imediata do homem é o desenvolvimento e plena expressão da natureza do amor. Isto começa a ter lugar e alcança uma etapa relativamente avançada de desenvolvimento no Caminho do Discipulado.


 O processo poderia ser descrito, num sentido amplo e geral, da seguinte forma:

1              - Caminho da Evolução e Provação.
a.            Desenvolvimento do intelecto e da percepção sensorial
b.            Resposta ao centro chamado Humanidade
c.             A mente assume o controle. A personalidade funciona.

2              - Caminho do Discipulado.
a.            Desenvolvimento da natureza do amor
b.            Conquista da iluminação
c.             Resposta ao centro chamado Hierarquia
d.            Budi ou intuição controla. A alma funciona.

3              - Caminho da Iniciação.
a.            Desenvolvimento da vontade
b.            Conquista da síntese
c.             Resposta ao centro chamado Shamballa
d.            O propósito dinâmico controla. A vontade-para-o-bem. A Mônada funciona.

Isto constitui um terreno já familiar, porém, no esforço para atingir a visão do todo, a repetição constante tem o seu lugar.

 Estamos agora ocupados com a terceira etapa do processo evolutivo, levada a efeito no Caminho da Iniciação e na qual se penetra (no que tange à humanidade) na 3a iniciação e que é consumada na 7a iniciação — uma iniciação muito mais facilmente alcançada por pessoas do 1° Raio do que as de qualquer outro.


Isto — até onde é possível alcançar por enquanto — refere-se primordialmente à vontade criativa quando:
a.            Inicia a manifestação e condiciona tudo aquilo que é criado.
b.            Proporciona, eventualmente, a plenitude da realização.
c.             Vence a morte ou diferenciação.

Todos os iniciados têm que expressar vontade criativa, dinâmica, um propósito focalizado que expressa somente a vontade- para-o-bem assim como aquele esforço contínuo que traz a realização.

Quero lembrar-lhes que o esforço contínuo é a semente da síntese, a causa da realização e aquilo que vence a morte.

Morte é, realmente, a deteriorização no tempo e espaço e é motivada pela tendência da matéria-espírito a isolar-se, durante a manifestação (do ponto de vista da consciência).

Este esforço contínuo do Logos é que mantém todas as formas em manifestação e preserva até mesmo o aspecto vida como fator integrador na construção da forma e — o que é igualmente um ato da vontade sustentadora — pode abstrair ou retirar intacta a consciência da vida ao encerrar-se um ciclo de manifestação.

 Morte e limitação são termos sinônimos. Quando a consciência está focalizada na forma e inteiramente identificada com o princípio da limitação, ela considera como morte a libertação da vida da forma;

 porém, com o prosseguir da evolução, a consciência muda cada vez mais para a percepção daquilo que não é a forma e para o reino daquilo que é transcendente ou para o mundo abstrato, isto é, para aquilo que se abstrai da forma e se focaliza em si mesmo.

 A propósito, isto é uma definição de meditação, sob o ângulo da meta e realização.


O homem pode verdadeiramente meditar quando ele começa a usar a mente, o reflexo do aspecto vontade, e a emprega nos seus três aspectos: aquele que dá início à sua entrada no mundo das almas, aquele que condiciona a vida se sua personalidade, e aquele que reforça e eventualmente provoca a expressão plena do propósito da alma.

 Isto resulta na total vitória sobre a morte. Trouxe todo este conceito para os termos do microcosmo, embora seja óbvio que somente o discípulo aceito, preparando-se para a iniciação, pode começar a apreender algumas das suas significativas implicações.

Talvez possa resumir melhor a nota-chave do 1o Raio da Vontade ou Poder, ao expressar-se como propósito dinâmico na Terra e em relação ao ser humano, se eu citar o Velho Comentário:

 “O Uno Transcendente, a Vida, o Todo, a Totalidade entrou em comunhão Consigo Mesmo e, por meio deste ato, tornou-Se um ponto vital de vida e poder focalizado.

“Eu sou e eu não sou. Maior do que Este é Aquele; menor do que Aquele é Este. Porém, Aquele precisa mostrar a Este a natureza do todo, e provar-se a Si Mesmo.

“Eu sou o princípio. Eu sou o Caminho para o exterior e para o interior, e o de retorno para o ponto de concentração, e desse ponto volto-Me para Mim Mesmo, carregando dentro de meu coração de amor aquilo ao qual Eu, o Uno, servi e pelo qual Eu sacrifiquei a Mim Mesmo.”

No processo de sacrifício, aquilo que é o Todo sustentador, a essência interna de toda vida e o princípio de integração, abarca dentro de Si Mesmo as seguintes etapas de consciência:

1.            Conhece a Si Mesmo como vontade transcendente, a vontade que vê o processo inteiro a partir do ponto da iniciação, mas que limita a Si Mesmo a uma expressão gradual dessa vontade devido às limitações daqueles aspectos de Si Mesmo cuja  consciência não abrange a consciência do Todo.

Aquele que inicia vê o fim desde o princípio e trabalha em direção à meta em etapas progressivas, não por causa de Si Mesmo, mas por causa daqueles aspectos que ainda são limitados, sem percepção, cegos, sem visão e sem raciocínio.

2.            Conhece a Si Mesmo como a vontade transmissora, que trabalha a partir do ponto de síntese, reduzindo o poder das energias distribuídas, de acordo com o plano criador evolutivo.

 Este plano é levado a cabo pela Vida do nosso planeta em três etapas principais, particularmente sob o ângulo da consciência, por meio de Shamballa, da Hierarquia e da Humanidade.

A partir daí, a Vida transmissora lança-se para o exterior, para todos os outros reinos da natureza.

 Cada grande centro é, pois, uma agência transmissora. A 4a Hierarquia Criadora, o reino humano, é o agente através do qual eventualmente as energias de Shamballa e da Hierarquia
 serão focalizadas para a redenção da vida de todos os reinos sub-humanos.

 Isto somente acontecerá quando a humanidade puder trabalhar com a vontade focalizada, produzida pela vida de Shamballa, inspirada pelo amor,

 encorajada pela Hierarquia e expressa pelo intelecto que a própria humanidade desenvolveu — tudo isto usado dinâmica e conscientemente sob a pressão daquilo que é superior a e maior do que Shamballa.

3.            Conhece a Si Mesmo como a vontade transformadora, ou aquele processo aplicado e sustentado que provoca as necessárias mutações e mudanças por meio da ação do constante incentivo da vontade-para-o-bem.

Todavia, ao mesmo tempo, não se identifica de modo algum com o processo. Estas mutações, que produzem a transformação do Um em Muitos e, mais tarde — no tempo e espaço — dos Muitos em Um, são levadas a cabo a partir de um ponto da vontade dinâmica e focalizada, o “Ponto no Centro”, que não muda, que permanece sempre imutavelmente sujeito ao seu próprio e inerente propósito.

Quando o discípulo ou o iniciado consegue também permanecer no centro como vontade transformadora, ele pode, então, realizar as mudanças necessárias na natureza da forma, sem identificar-se com ela ou ser afetado pelas mudanças. Isto pode ajudar a tornar mais claro o que foi dito.

4.            Conhece a Si Mesmo como a vontade transfiguradora. Esta transfiguração é a realização do propósito e a expressão final da síntese produzida pela sustentadora vontade-para-o-bem da vontade transcendente, transmissora e transformadora.

Aconselho os estudantes a afastar os olhos da meta da transfiguração (alcançada na 3a iniciação e progressivamente presente a cada iniciação precedente), e a prestar mais atenção ao reconhecimento daquilo que neles “tendo permeado seu pequeno universo com um fragmento de si mesmo, permaneceu.

" Assim fazendo, terão ancorado sua consciência no centro do poder transcendente e terão garantido o fluxo da vontade-de-realizar.

Desse elevado ponto na consciência (alcançado a princípio imaginativamente, e mais tarde na prática) verão que podem começar a trabalhar no processo de transmissão, reconhecendo-se como agentes transmissores da vontade-para-o-bem do Uno Transcendente.

A seguir, passarão para a etapa seguinte, da transformação, onde poderão visualizar a necessária transformação e esperar vê-la desenvolver-se em suas vidas;

 então, novamente em expectativa, devem acreditar na transformação daquelas vidas alinhadas com a vontade do Uno Transcendente, no sucesso do Uno Transmissor e na atividade do Uno Transformador — todos.

Eles apenas Um: a Mônada, o Eu. Tudo isto é feito pelo emprego da vontade condicionadora, realizadora e conquistadora.

Retornando ao nosso tema do Todo maior, deixando para trás por um minuto os esforços do microcosmo para compreender o Macrocosmo, consideremos a relação das três constelações na tarefa de expressar o 1o Raio:

1.            ÁRIES
É a constelação através da qual fluirão as condições iniciadoras para o nosso sistema solar. Personifica a vontade-de-criar que expressará a vontade-para-o-bem.

 É o raio monádico do nosso Logos planetário, Cuja Alma pertence ao 2o raio e a personalidade, ao 3o. Vê-se, portanto, que o raio transmissor do nosso Logos planetário é o 1o; daí, o lugar que a vontade desempenha no processo evolutivo humano.

 Seu raio transformador é o 2o, trazendo eventualmente a transfiguração por intermédio do 3o, e nesta combinação temos a razão pela qual, na evolução do aspecto vontade, temos a influência de Marte e Mercúrio

 — um trazendo o conflito e a morte da forma, e o outro trazendo iluminação e o desenvolvimento da intuição como resultado daquele conflito e morte.

 Novos ciclos do Ser e da consciência são iniciados pelo conflito. Por enquanto, assim parece ser a lei da vida e o fator governante na evolução.

 Porém, se o resultado desta vontade iniciadora e energizadora é produzir os benéficos efeitos do conhecimento intuitivo e a atividade de Mercúrio como mensageiro dos Deuses, podemos ver, sem sombra de dúvida, como a vontade-para-o-bem é desenvolvida através do conflito.

2.            LEÃO
É a constelação através da qual a vontade-de-realização ou vontade-de-atingir o objetivo jorra para a humanidade e para o planeta. É, essencialmente, o espírito de autodeterminação.

A princípio, é a determinação do pequeno eu, a personalidade, do indivíduo autoconsciente. Depois, é a determinação do Eu, a alma, do indivíduo consciente do grupo, do Todo maior e de si mesmo como a parte, integrada e basicamente unificada.
Esta vontade-para-o-bem (alcançada através da realização)
atua em relação ao ser humano por meio de três momentos de culminância:

1.            A vontade-para-o-bem demonstrada pela conquista da autoconsciência. É a primeira etapa da completa realização divina. Implica em corpo, aparência. É a expressão do 3o aspecto.

2.            A vontade-para-o-bem demonstrada na 3a iniciação, quando a autoconsciência dá lugar à consciência grupal. É a segunda etapa da realização divina. Implica em alma, qualidade. É a expressão do 2° aspecto.

3.            A vontade-para-o-bem demonstrada nas iniciações maiores, quando se alcança a consciência de Deus. É a terceira etapa da realização divina. Implica na Mônada, Vida. É a expressão do 1o aspecto.

É útil observar estas relações. É também óbvio porque o Sol rege Leão, exotérica e esotericamente. O Sol revela ou “ilumina” as duas etapas da vontade oculta: o sol físico, iluminando a personalidade no plano físico, e o Coração do Sol, revelando a natureza da alma.

3. CAPRICÓRNIO
É a constelação por meio da qual vem a vontade conquistadora que libera o homem da vida da forma e o inicia para o reino onde o aspecto vontade (não o aspecto alma) da divindade se expressa.

 Lembremo-nos de que há uma estreita relação entre a Terra e Capricórnio. A razão para isto é que a Terra oferece as condições ideais para este particular tipo de realização porque está em processo de transformação da etapa de “pianeta não-sagrado” para a de “planeta sagrado”.

 Eis porque Saturno é um regente tão poderoso e transmissor, para a Terra, da qualidade dinâmica do 1o raio do poder. Este influxo da energia do 1o raio será, de agora em diante, grandemente acelerado.

 Estas energias e seus-influxos devem ser cuidadosamente lembrando que a visualização é sempre uma energia direcionadora, empregada para produzir um efeito específico desejado.

Áries, o Iniciador, Leão, o Eu, e Capricórnio, o Agente transfigurador — são algumas das implicações relacionadas com o 1o raio e a humanidade.

Quero assinalar aqui que dei este triângulo de constelações na ordem de seus relacionamentos com a Grande Vida Que os emprega como agências transmissoras das atividades do 1o raio.

 Deve também observar-se que a razão para esta relação é inerente à natureza cias Vidas que dão forma a estas constelações específicas.

Elas Próprias são expressões da vontade-para-o-bem, e constituem, portanto, a linha de menor resistência para a disseminação da energia do 1o raio por todo o sistema solar.

Sob o ângulo das relações humanas, este triângulo reajusta-se a si mesmo. Torna-se Leão, o doador da autoconsciência; Capricórnio, o signo onde a iniciação pode ser recebida; e Áries, o incentivo para um novo começo.


A ciência da astrologia encontrará uma nova luz quando for entendido o significado da distinção entre as constelações como galáxias de estrelas, e os signos como influências concentradas. Isto está fundamentalmente ligado com a diferença entre a relação de uma energia de raio com o triângulo de constelações, e a relação  humana. Nada mais posso acrescentar, mas o que até aqui foi dito dará uma pista ao astrólogo intuitivo.


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